Estudo avalia efeito de mudanças climáticas na ocorrência de xaxins

Terça-feira, 20 Abril 2021

O estudo liderado pela equipe do Herbário Dr. Roberto Miguel Klein - coordenado pelo prof. André L. de Gasper, integrante do IFFSC - analisou os possíveis efeitos das mudanças climáticas na distribuição e diversidade dos xaxins, espécies muito comuns nas florestas de Santa Catarina. Para elaborar este trabalho, dados de literatura, GBIF e do IFFSC foram utilizados. Os pesquisadores também apresentaram uma nova maneira de medir a incerteza dos modelos usando médias e intervalos de confiança.


Observou-se que mesmo as espécies que se beneficiam de locais mais quentes e úmidos podem sofrer reduções populacionais no futuro. Xaxins necessitam de água para reprodução; o gameta masculino, chamado anterozoide, precisa "nadar" até a oosfera (gameta feminino). São plantas de crescimento lento, mas comuns e muito abundantes em algumas regiões da Floresta Atlântica, especialmente a Floresta Ombrófila Densa (ou Pluvial). Esperava-se que por ocorrerem em ambientes mais quentes, se comparados a Floresta de Araucária, estas espécies poderiam ser favorecidas. Contudo, não foi o que os pesquisadores observaram.


Os principais achados do estudo foram:

 

Este trabalho foi feito e recebeu suporte de muitos que direta ou indiretamente auxiliaram na sua realização. FUMDES, financiando um projeto de Iniciação científica; FAPESC que financiou a coleta de dados do IFFSC; CAPES que financiou(a) duas bolsas de mestrado; CNPq por uma bolsa de produtividade.

Foto: João Paulo de Maçaneiro. Local: Faxinal do Bepe, PARNA Serra do Itajaí, Indaial/SC.